Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já o não tenho.
Pesa-me um como a possibilidade de tudo, o outro como a realidade de nada.
Não tenho esperanças nem saudades. Conhecendo o que tem sido a minha vida até hoje - tantas vezes e em tanto o contrário do que eu a desejara -, que posso presumir da minha vida de amanhã senão que será o que não presumo, o que não quero, o que me acontece de fora, até através da minha vontade? Nem tenho nada no meu passado que relembre com o desejo inútil de o repetir. Nunca fui senão um vestígio e um simulacro de mim.
O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.
Fernando Pessoa, in 'Livro do Desassossego'
E as horas que não passam, os dias que se arrastam, e no final o que resta? só mais horas e mais dias que se arrastam.
Não gosto nada de esperar por melhores oportunidades, porque assim que olho para trás, vejo que deixei mais uma vez passar a "oportunidade", afinal era ali atrás estava a tal “boa oportunidade”.
E os dias que se arrastam....e que nunca mais chegam ao fim.
Olá, Linda
Há 3 dias
4 diga lá:
E vamos passando ao lado de tanta coisa boa, e que perdemos...
Beijinho
TENS TODA A RAZAO AMIGA!
UM BOM FIM DE SEMANA!
JOKAS FOFAS
Pois é a noção do tempo é mto relativa: umas vezes parece que voa outras vezes que anda tão devagarinho. Mas na realidade anda sempre igual.
Sei que viverás no "desassossego" até te dizerem aquilo que esperas mas deixo-te um beijinho de mta amizade e votos de um bom fim de semana.
É por estas e outras que o Fernando Pessoa é um dos meus candidatos ao Grande Português de sempre!
Ainda não votei porque há mais 2 ou 3, igualmenete grandiosos, que me exigem maior reflexão.
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