A INCA

7 ANOS
E parecem 7 horas, ainda doí tanto, nem parece que passaram 7 anos, a s saudades são tantas. Mas o tempo é assim, ninguém se lembra, mas, para mim hoje é um dia muto complicado, a despedida da minha Inca foi no dia 15 de abril, mas para mim é hoje, foi numa 6ª feira.
Que dia terrível, sete anos depois, lembro-me de cada hora, daquele longo dia. Credo, ainda hoje quando faço o trajeto lembro-me! Foi uma altura horrível da minha vida, a minha travessia do Deserto, nenhuma luz ao fundo do túnel, nenhuma esperança.
Naquela altura parecia que o universo conspirava contra mim, hoje, acredito, que era eu que conspirava contra tudo e que só recebia aquilo que dava, mágoas, e tanta, tanta tristeza. Sofri muito ao longo de uma década, não é bom nem saudável, eu sei que do sofrimento, ao contrário do que é dito, não resulta nada de bom, a mágoa pode mudar a nossa postura perante a vida, mas, não sei se para melhor, eu sofri muito, e sinceramente, acredito que o sofrimento muda as pessoas, nem sempre para melhor. Felizmente, eu, hoje sou muito melhor pessoa, sou feliz e muito, muito grata pelo que a vida de meu, o facto de a vida me ter ensinado que não existem direitos adquiridos, e que aquilo que maior parte das pessoas é normal, para mim não é, amar ser mãe é, um privilégio, e essa luta muda tudo. Hoje aos 40 anos, eu sei que amar, sentir essa magia, do “eu” ser “tu”, do gostar de algo só por que é alguma coisa de que tu gostas, esse encanto maravilhoso que é o amor incondicional, é deslumbrante, sem dúvida que sou uma eterna romântica, apaixonada, pelo dar e receber, pelo poder desse sentimento que é o amor.
7 Ano de saudade e de gratidão, o teu carinho, a tua lealdade é inesquecível, obrigada querida Inca, por tudo! Nunca te esquecerei, não pelas saudades, mas também pela esperança. Obrigada minha querida