"...nem todos os dias são dias de olhar feliz. Estes dias raramente nos são oferecidos (daí o seu mistério) e quase sempre têm de ser construídos, desenhados, conquistados. Nesta procura do sentir a alma plena dos reflexos doces destes dias de olhar feliz, a vida, a nossa vida, mistura dor e alegria, sofrimento e felicidade, desilusão e sonho, amargura e paixão, choro e riso, ódio e amor. Assim, quando nessa busca constante O vento te rugir e a chuva cair em massa, quando o céu te fugir e sentires o teu amor em desgraça, quando o arco-íris te mentir e a sua recordação ficar laça, lembra-tedo brilho divino que vislumbraste nesta promessa de amor eterno….Lembra-te Que o vento, a chuva, o cinzento do céu, o arco-íris, as tuas lágrimas, as tuas duvidas, todos eles fazem parte do mistério da vida. Lembra-te Como Pessoa, que: “O mistério das cousas? Sei lá o que é o mistério. Único mistério é haver quem pense no mistério.”Aí ergue os teus olhos para o firmamento e procura devagar, em paz, o caminho de regresso ao vosso arco-íris de mãos dadas com o brilho intenso e mágico (quase irreal) da mais nova de todas as estrelas do céu..." LC21/06/97

23/05/2007

O tempo

23/05/2007
O despertador toca, eu acordo e corro!
O lema é: Correr, correr contra o correr do relógio,
o tempo passa a correr, corre mais rápido do que eu!
Eu, continuo, sempre a andar, não parar, o relógio não me pode ganhar.
Depois! Depois chegam as outras, as horas vazias,
São horas intermináveis, em que o relógio não se mexe,
jogo então, o novo jogo, sempre a andar, nunca parar.
E os dias que não acabam, e os minutos que não terminam nunca,
e o relógio parado, a jogar comigo o jogo das horas vazias.
Nesse jogo o futuro nunca mais chega, e a esperança perde-se,
num poço fundo, cheio de horas vazias, em que nada acontece, a não ser…
a chegada de mais horas.
E eu, sempre a jogar!
Enquanto jogo, penso no poeta,

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço. “
E sei, também ele jogou este jogo.
O jogo do gato e do rato,
O jogo do tempo,
Umas vezes passa a correr, outras, aparentemente paralisa,
de tal forma, que parece que tolhe os desejos e suga toda energia,
Mas,relembro o poeta e o seu poema:

“Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser... “

Bocadinhos do poema:O Que Há, de Álvaro de Campos

3 diga lá:

Unknown disse...

Está lindo o teu blogue!!!!!!
Minha linda, és fantástica e gosto muito de aqui vir.
muitos beijinhos

Luna disse...

oi linda envia para este mail sfguerr@gmail.com
beijocas
Luna

Clara disse...

Muitas mudanças positivas por estas bandas!


Um abraço

 
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