"...nem todos os dias são dias de olhar feliz. Estes dias raramente nos são oferecidos (daí o seu mistério) e quase sempre têm de ser construídos, desenhados, conquistados. Nesta procura do sentir a alma plena dos reflexos doces destes dias de olhar feliz, a vida, a nossa vida, mistura dor e alegria, sofrimento e felicidade, desilusão e sonho, amargura e paixão, choro e riso, ódio e amor. Assim, quando nessa busca constante O vento te rugir e a chuva cair em massa, quando o céu te fugir e sentires o teu amor em desgraça, quando o arco-íris te mentir e a sua recordação ficar laça, lembra-tedo brilho divino que vislumbraste nesta promessa de amor eterno….Lembra-te Que o vento, a chuva, o cinzento do céu, o arco-íris, as tuas lágrimas, as tuas duvidas, todos eles fazem parte do mistério da vida. Lembra-te Como Pessoa, que: “O mistério das cousas? Sei lá o que é o mistério. Único mistério é haver quem pense no mistério.”Aí ergue os teus olhos para o firmamento e procura devagar, em paz, o caminho de regresso ao vosso arco-íris de mãos dadas com o brilho intenso e mágico (quase irreal) da mais nova de todas as estrelas do céu..." LC21/06/97

17/05/2007

Céu e Inferno

17/05/2007
“Um homem, o seu cavalo e o seu cão, caminhavam por uma estrada.
Depois de muito caminhar, esse homem deu-se conta de que ele, o seu cavalo e o seu cão tinham morrido num acidente. Por vezes, os mortos levam tempo para se dar conta da sua nova condição...A caminhada era muito longa, morro acima, o sol era forte e eles ficaram suados e com muita sede. Precisavam desesperadamente de água. Numa curva do caminho, avistaram um portão todo magnífico, todo de mármore, que conduzia a uma praça, calçada com blocos de ouro, no centro da qual havia uma fonte de onde jorrava água cristalina. O caminhante dirigiu-se ao homem numa guarita onde guardava a entrada.
-Bom dia, ele disse.
- Bom dia, respondeu o homem.
- Que lugar é este, tão lindo Perguntou ele.
- Isto aqui é o céu, foi a resposta...
- Que bom que nós chegamos ao céu, estamos com muita sede, disse o homem.
- O senhor pode entrar e beber água à vontade, disse o guarda, indicando-lhe a fonte.
- O meu cavalo e o meu cachorro também estão com sede.
- Lamento muito, disse o guarda. Aqui não se permite a entrada de animais.
O homem ficou muito desapontado porque a sua sede era grande. Mas ele não beberia, deixando os seus amigos com sede. Assim, prosseguiu seu caminho. Depois de muito caminharem morro acima, com sede e cansaço multiplicados, ele chegou a um sítio, cuja entrada era marcada por uma porteira velha semi-aberta. A porteira abria-se para um caminho de terra, com árvores dos dois lados, que lhe faziam sombra.Á sombra de uma das árvores, estava deitado um homem, com a cabeça coberta com um chapéu, parecia que estava a dormir:
- Bom dia, disse o caminhante.
– Bom dia, disse o homem.
- Estamos com muita sede, eu, o meu cavalo e o meu cachorro.
- Há uma fonte naquelas pedras, disse o homem e indicando o lugar.
- Podem beber à vontade.
- O homem, o cavalo e o cachorro foram até a fonte e mataram a sede.
-Muito obrigado, disse ele ao sair.
- Voltem quando quiserem, respondeu o homem.
- A propósito, disse o caminhante, qual é o nome deste lugar?
- Céu, respondeu o homem.
- Céu? Mas o homem na guarita ao lado do portão de mármore disse que lá era o céu!
- Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno.
O caminhante ficou perplexo.
- Mas então, disse ele, essa informação falsa deve causar grandes confusões.
- De forma alguma, respondeu o homem.
Na verdade, eles até nos fazem um grande favor. Porque lá ficam aqueles que são capazes de abandonar até seus melhores amigos..."Recebido por e-mail
autor desconhecido

1 diga lá:

Lília disse...

Muito bonito este texto. Dá que pensar!

Um grande beijinho,
Lita

 
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