"...nem todos os dias são dias de olhar feliz. Estes dias raramente nos são oferecidos (daí o seu mistério) e quase sempre têm de ser construídos, desenhados, conquistados. Nesta procura do sentir a alma plena dos reflexos doces destes dias de olhar feliz, a vida, a nossa vida, mistura dor e alegria, sofrimento e felicidade, desilusão e sonho, amargura e paixão, choro e riso, ódio e amor. Assim, quando nessa busca constante O vento te rugir e a chuva cair em massa, quando o céu te fugir e sentires o teu amor em desgraça, quando o arco-íris te mentir e a sua recordação ficar laça, lembra-tedo brilho divino que vislumbraste nesta promessa de amor eterno….Lembra-te Que o vento, a chuva, o cinzento do céu, o arco-íris, as tuas lágrimas, as tuas duvidas, todos eles fazem parte do mistério da vida. Lembra-te Como Pessoa, que: “O mistério das cousas? Sei lá o que é o mistério. Único mistério é haver quem pense no mistério.”Aí ergue os teus olhos para o firmamento e procura devagar, em paz, o caminho de regresso ao vosso arco-íris de mãos dadas com o brilho intenso e mágico (quase irreal) da mais nova de todas as estrelas do céu..." LC21/06/97

08/05/2008

Shantaram

08/05/2008
Ontem terminei de ler um livro que adorei. O livro conta a história do próprio autor, um fugitivo australiano que encontra em Bombaim um porto de abrigo na sua fuga. Eu que não sinto particular simpatia pela cultura e modo de vida dos indianos, confesso que fiquei viciada neste livro e nas descrições que o autor faz da cidade e dos seus habitantes. É uma escrita muito emotiva onde as diferenças culturais estão descritas de tal forma que quase deixam de ser diferenças. Cada vez me convenço mais que os preconceitos e a falta de tolerância por modos de vida diferentes resultam da ignorância, e eu na minha ignorância criticava o que não conhecia. Não é que tenha ficado a adorar a cultura indiana, nem tenha ficado com vontade de passar umas férias na caótica Bombaim ou apreciar os enormes bairros de lata onde uma grande parte da população vive, continua a chocar-me a pobreza estrema lado a lado com a abundância e a forma como estas desigualdades são aceites pelo povo. Mas a verdade é que o autor consegue descrever as personagens e os seus actos de uma forma tão realista que é muito fácil compreender a cultura deste país.
Como devem já ter percebido adorei o livro, são mais de 800 páginas cheias de agitação, nota-se perfeitamente que aquilo que é narrado só pode ser real. O autor perdeu tudo família, amigos e a sua antiga vida, que quando chega a esta cidade descobre uma nova vida ou a possibilidade de decidir a sua própria vida.
Um livro que quero voltar a ler, é tão envolvente que na ânsia de saber como vai terminar, acabei em alguns momentos por não dar a atenção devida a algumas passagens do livro.

2 diga lá:

Clara disse...

Aproveitando a tua expressão que tanto adoro: Balhamedeus!
Com tanta azáfama e metes-te a ler um livro com 800 páginas e queres relê-lo?
Qd chego ao fim do dia, após horas a fio em frente ao pc e letras miudinhas, mal consigo ler o que quer que seja! Quase que só livros de bolso, shame on me!

R. disse...

Epá fiquei curiosa. Eu gosto muito de livros que mostrem outras culturas e outros estilos de vida. Li à pouco tempo um livro que abordava tb os costumes indianos embora fosse passado nos EUA chamado "o bom nome" e tb gostei. Agora ando um pouco preguiçosa para a leitura, leio sempre mas mto pouco de cada vez mas fico já com esta referência.

mtos beijinhos

 
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