Psiquiatra critica actuação institucional
Perante as referências de deficiência mental e violência feitas aos pais da bebé vítima de maus-tratos, o psiquitra Manuel Guerreiro considera incompreensível a actuação institucional neste caso e lança um alerta ao funcionamento das comissões de protecção de menores .
( 20:03 / 14 de Dezembro 05 )
O pai da bebé de mês e meio que está em estado de coma com sinais de violação e maus-tratos foi referenciado no passado pela polícia por suspeita de vários actos de crimes sexuais contra menores. Perante estes dados, o psiquitra Manuel Guerreiro disse, em declarações à TSF, ser incompreensível a actuação institucional neste caso.
«Uma pessoa, neste caso a mãe, por uma debilidade mental muito ligeira que tenha, se ficar junto de outras com um historial de violações das regras legais, de comportamento e sociais desde cedo (há indício de que o pai sofre de perturbação de personalidade), torna-se altamente influenciável», explicou.
Por outro lado, acrescentou, «as pessoas com perturbação de personalidade são, habitualmente, controladoras e influenciadoras».No entender de Manuel Guerreiro, trata-se de «uma situação que tem de ser ponderada, porque é um factor explosivo».
O psiquiatra lançou ainda um alerta ao funcionamento das comissões de protecção de menores.«Algumas comissões têm a vantagem de ter pessoas ligadas à saúde com a noção daquilo que se passa, mas outras não têm, faltando-lhes a parte técnico-científica», avisou.Entretanto, o chefe dos enfermeiros do Hospital de Viseu, Luís Gomes, explicou que no dia 12 de Novembro de 2005 a avó trouxe a criança ao hospital, referindo ter havido desentendimentos familiares graves, considerando, por isso, haver riscos para a criança .
Por este motivo, explicou Luís Gomes, «foi decidido o internamento», sublinhando, no entanto, que «não houve dados vísiveis de maus-tratos».
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